terça-feira, 22 de março de 2011

Equilibrando tempos e caminhos

 
Esse exercício de futilidade patética me reserva o direito de dizer o que eu penso sobre a vida, sobre as almas e tudo o que está ao alcance de meus olhos. As pessoas estão caindo e isso não é algo fácil de ser aceito.
Os homens não tem paciência e as mulheres só querem falar o que supostamente acham que é certo. Não existe troca de conhecimento. Os argumentos são inválidos e só é certo o que cada um diz.
Eu vejo pessoas carentes tão seguras de si, tão inabaláveis em tudo o que dizem mas, por que será que eu vou além de palavras tão firmes e mascaradas? Eu tenho uma ligação profunda e espiritual que me permite ver apenas o que jamais pode ser visto.

Vejo pessoas vazias no olhar, sem sorriso, expressão ou qualquer coisa que seja possível ler. Não vejo sentimentos. São pessoas que apenas estão ali... Não pensam em nada, não sentem nada. Seus gostos, vícios, medos, sorrisos são fatos irreais. Vivem apenas em razão de disciplina. Os colocaram em um espaço onde as pessoas não encantam, logo é preciso caminhar por aqui, por ali, nada além disso.
O aroma das flores é facilmente ignorado. O som das risadas e tudo o que está ao redor daquela alma é vazio. É como se as pessoas apenas caminhassem mas sem caminhar, olham sem olhar. Esperam por um sol que não vem e percorrem fingindo alegria mas sem nunca esconder a empatia. É impossível...

Por outro lado, vejo pessoas que reconhecem aquela beleza de paisagem. Conservam-se no meio do caminho, para respirar fundo e sugar todo o perfume que naquele momento foi destinado a ela. Conseguem sentir com facilidade a fortaleza ao redor de tudo que interliga almas e seres humanos.
Caminham realmente vendo, ouvindo pessoas que  podem afirmar com toda certeza que já as viram em algum lugar. Não necessariamente nessa vida, não agora. Mas em uma época onde as pessoas eram poesia. Onde as pessoas aguavam as flores de manhã. Uma época onde as almas não vendiam as asas só pelo simples fato de não querer voar. Onde razão e conhecimento -até mesmo canções- eram compartilhados em uma conversa agradável, cheia de demonstrações cativantes de amor e carinho.

9 comentários:

Fernanda disse...

Existe uma frase que provavelmente você já deve ter lido, que diz o seguinte: E não é que neste mundo tem cada vez mais gente e cada vez menos pessoas? Então, eu concordo com você. Existe muito pouco uma troca de idéias, quando isso acontece à maioria das pessoas quer falar muito e ouvir pouco. E essa troca de idéias passa a ser vazia, falta compreensão. Em relação a tudo. Mas sabe, eu ainda prefiro a raridade, que seja então verdadeira, do que todos com a sinceridade dos olhos poetas. Esses olhos e pensamentos poéticos são para raros. São para seres humanos, e não apenas pessoas vazias. Seguindo você.

Fernanda disse...

Eu te mandei um recado no orkut. Acho que neste mesmo momento você respondeu meu comentário. Haha.
Te segui no Twitter também, vi seu link aqui.

Bento Qasual disse...

Não sei o que senti sobre esse texto...
Que é bom e que eu gostei falando especificamente da escrita, excelente. Mas sobre o conteudo... o que dizer??? Eu concordo com metade do texto, a outra metade não! Eu sou um dos homens sem paciência, com nada, com ninguém, raras pessoas me prendem a atenção, e nem sempre são aquelas que eu desejaria ser atencioso e isso é estranho, porém é bom até certo ponto. Com isso seleciono minhas companhias. Amo a futilidade, essa é a parte que discordo, amo, amo e amo mesmo! Pena não poder ser fútil como desejo, a futilidade é a arte de poder ver felicidade das coisas pequenas além de ser uma coisa totalmente particular. Um economista acharia que ter um blog de crônicas seria uma coisa fútil, eu acho que estudar tantos anos para aprender a investir dinheiro dos outros é futilidade extrema.
Enfim, texto ótimo! Parabéns branquelinha, como sempre!

Bento.

nin disse...

Pessoas de verdade são tão,tão raras... Mas existem sim, e se reconhecem! Acho que são tão poucas apenas para podemos dar o real valor a elas :)

Vanessa Braga disse...

Acho que pude perceber e concordar com oq o texto quis passar... a futilidade em que as coisas e pessoas estão se tornando belo blog!
bju seguindo

Erica Rodrigues disse...

Parabéns pelo blog, layout lindo, e textos bem interessantes, visões de angulos diferentes sobre assuntos que passam desapercebidos!
Andei escrevendo sobre a essência, aparência e felicidade!

se puder, visita - www.sinestesiadamente.blogspot.com

Zaupa Junior disse...

Pessoas futeis e não futeis. A diferença?? O modo como você as veem.

Thalita Brice disse...

exato!

Davi Machado disse...

Verdade, tenho saudade deste tempo não vivido, onde as cores eram cores, onde o sol não morria e dizia apenas: até mais ver!

Um ótimo texto o seu!