segunda-feira, 20 de maio de 2013

"Tu"


É fácil dizer que não é assim, que tudo vai mudar e as coisas vão melhorar.
É fácil dizer que tudo vai ficar bem quando se assiste a peça da platéia, quando não se encara o personagem e é necessário ficar nu em frente ao público. É fácil...
Difícil é quando você desmorona em cima da tua cabeça. Difícil é ver quando você cai sem poder fazer nada. Isso é difícil!
Dizem que nada pode nos salvar além de nós mesmos, bem... eu mal posso respirar agora e não consigo segurar minha mão para levantar. Difícil é isso aí.
É quando nem você pode se salvar e então percebe que mais nada no planeta pode.

Fácil é quando o mundo cai na palma da tua mão e diz que é todo seu.
Aí "tu" agarra, "tu" segura, "tu" aperta como se fosse a ultima chance da tua vida e é.
E mesmo quando tudo é amor, tudo o que "tu" fala é amor, tudo o que "tu" pensa é amor, tudo o que "tu" vive é amor o mundo insiste em abrir a boca pra te engolir, mesmo que você ofereça com os braços um abraço.

Eu sei que meu mundo agora mudou.
Meu mundo me abraça, me toca, me ama...
Meu mundo só abre a boca para me beijar
Esse mundo que descobri, me descobriu e caiu na palma da minha mão! Ele é bem melhor do que aquele mundo em que eu me arrastava, e muitos se arrastam hoje. Ele é incrível!
Meu mundo agora, é só amor... Só amor.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Cinza.

Suponho que a pior sensação da vida seja essa da saudade, a que te devora, te come, te bebe, mastiga, te gasta, te derrama...
Suponho também que perceber na pele a cama congelada e o sono ausente também seja cruel!
Mas o que te destrói mesmo, é a cabeça que dói de tanto choro e o pulmão que te pede uma trégua de tantos cigarros seguidos, porém não há nada que te impeça de passar a dor para outra parte do corpo; do coração para a cabeça, da cabeça para o pulmão...
Mas é que dói, e dor de saudade não tem trégua, nem os cigarros.
Meu coração tá tão aí com você que se eu pudesse eu iria correndo nessa chuva buscar ele e trazer o seu também, quem sabe junto com os olhos e a boca e a pele e os braços e você todo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Colo.

... Tudo começou quando desliguei a TV e estiquei as pernas na mesinha de centro da minha sala dos sonhos.
Não era natural fazer este ritual no fim do meu repouso mas, um dia, eu tinha que mudar as coisas de lugar. Comecei alterando a ordem dos detalhes; primeiro me amo, depois amo outro.

Naquele lance de ocasião, tentei formar ideias para encontrar uma única definição para a palavra A-M-O-R. Me caíram várias. (Tudo o que eu não queria).

Primeiro pensei que amor era quando tu não enjoava de beijar a mesma boca todos os dias. (Isto poderia sim ser amor)
Depois, pensei que amor era sentir o mesmo cheiro e o gosto que tem o sorriso de quem te sorri, sem recusa.
Era ter paixão até nos pelos do corpo, cada um.

Quando ajeitei a postura e acendi mais um cigarro, pensei num abraço do tamanho do meu cansaço e então, encontrei a explicação. Clara e breve: "Amor, é quando seu cansaço é do tamanho de um abraço."

Ah, mas meu cansaço é do tamanho do seu abraço e eu arrisco soltar as mãos do meu equilíbrio para me atirar nele...
- Se há amor e dor, pensei, por que não me atrever no amor?

...Me lembrei também, que amor era não sentir necessidade de ser amada. Era amar sem querer nada em troca... Era só amar e amar e amar sem descanso nem pausa...
Amar, era ir de encontro a uma liberdade doce de provar.
Então dei início as definições para a palavras L-I-B-E-R-D-A-D-E.
Parei.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Vermouth Seco.

Para Ler Ouvindo: Sweet Disposition - Temper Trap

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Despertei.

Acordei, sei lá. Ás vezes é bom despertar para a realidade... Isso faz com que você provoque um sono inveterado e cruel, bom para que você saiba que está no comando e pode mudar.
Eu me sinto bem nesse instante de liberdade. Exatamente agora, me sinto incrivelmente bem pois deixei escapar um sorriso que estava distante da superfície dos lábios. Isso é bom quando você nem sabia mais como era sorrir.
Minha alma, enquanto ouvia uma canção triste, sorriu também, sem motivo algum, sorriu; por saber -como eu sei agora- que algo bom está se aproximando.
Não vem depressa, nem vem devagar; vem na velocidade que precisa caminhar.
Vem no meu tempo. Nosso tempo, que é o mesmo.

... Porque hoje o dia está perfeito e a noite é toda minha. Acredite! Eu acreditei... Por isso caminho nas estrelas hoje; é bom estar sempre aquecida. Café com leite tem gosto de infância e isso só me cai na mente porque eu deixo que venha.

Qualquer que seja o gosto do apego, eu não me lembro mais e, se minha memória refrescar meu paladar, eu tomo alguma coisa alcoólica que é bem para matar a saudade do apego, afinal, todo mundo se alinha a combinação de prazer e sofrer que a solidão causa.
A solidão é ignorada; ninguém a percebe. O corpo pede e a mente retribui chamando nos olhos, nos ouvidos, no sorriso, lágrimas, saudade...
Chama um tempo que tu acreditou ser feliz e completamente preenchida, sem buracos, sem espaços... Repleta. Sem nenhum espaço em branco, mas quando a lembrança passa por você, deixa um vazio maior ainda. E fica.
A lembrança é cruel, só porque você permite que seja.

Eu culpo. Ainda tenho o hábito de culpar quem me partiu em pedaços, mas todos os dias, um por um, um por vez, eu recolho minhas partes pelo chão. Recolho todas de uma vez num abraço bem apertado. Sempre há algumas que caem de volta ao chão, mas no outro dia eu torno a junta-las num outro abraço, para que elas saibam que eu as amo antes de qualquer coisa.
Assim eu vou aprendendo a não culpar os outros e me tornar responsável por aquilo que quero sentir; se quero me sentir bem, me sinto, sinto... Se quero me sentir mal, ninguém tem nada com isso.

Café com leite tem gosto de infância e, quando bebo, na mente passa um desenho animado como Tom & Jerry. Na boca sempre passa um riso e então Maria passa também.

Eu sempre quis entrar num bar qualquer, com um extenso balcão para o barman e uma junkebox no canto do salão. Começar no Dry Martini com azeitonas e deixar que Aretha Franklin faça o trabalho dela, apenas cantando e me mantendo de olhos fechados acompanhando os agudos discretamente com a cabeça. Terminar nas cervejas para limpar o gosto metálico de um beijo nem tão incrível assim e, agora, você começa a perceber que tudo aquilo não foi grande coisa.
As gotas do vermute seco não são grande coisa.
Todas as vezes que seu coração despedaçou não foi grande coisa. Todas as vezes que engoliu de uma vez o orgulho como engolia a dose do produto mais forte da prateleira, não foi. Todas as saídas que perdeu. As risadas que disfarçou com um arregalar de olhos apenas para não deixar alguém constrangido. As vezes que mentiu estar bem, porém nunca precisou assumir personagens, nesta parte você se orgulha.
E quando se sentiu exausta, tão cansada que mal sentia o espirito te movendo, acreditando fielmente que todas as emoções possíveis haviam desaparecido e começou a carregar uma carcaça, um corpo, apenas, sem nada mais, compreendeu.
Agora, à cada dose, você percebe, enfim, que tudo aquilo não foi grande coisa.
Percebe que pode suportar mais uma, duas, três ou quantas sessões de desespero quiser. Pode sobreviver a isso como sobrevive a um porre no dia seguinte. Pode sim, dissolver e amparar facilmente essas lembranças como engole as doses.

Nada foi grande coisa. O sofrimento não foi. As palavras bonitas que ouvia já ouvi antes. Vou ouvir as mesmas e outras criações. Vou até arriscar em dizer algumas, mas não vou morrer por não ouvir da mesma pessoa. Existe um mundo lá fora e bilhares de outras pessoas. Não me recordo do que fiz na semana passada, também não me lembro o que comi ontem no almoço, não será difícil esquecer alguém tão sem importância e de pouco valor como um dos milhares de clientes que passam pela loja onde trabalho.
Não dormirei pendurada no cabide, como diz minha queridíssima tia Laudicéia.
E se nesse tempo, em que eu me sentir solitária e ninguém notar, pois ninguém nota a solidão, conversarei comigo mesma, pois gosto de conversar com pessoas inteligentes.

Meia luz, todos os drinks que o corpo pode aguentar em uma única noite e, uma nova chance, para reaprender a viver de estrelas, sonhos e claro, outras canções e bilhões.

sábado, 31 de dezembro de 2011

...Mas ele sempre volta, e meu coração sempre aceita.

Nunca entendeu o hábito que o planeta fingiu de se agarrar em uma veste branca de réveillon, por isso ela se agarrava ao vermelho. Não pela paixão; mas apenas por gostar da cor que usava o ano inteiro. Por saber que nela já havia cor e como havia... Até as mortas tinham vida e como tinha.
Ela usava o vermelho, só por saber que a cor branca representava tudo o que não se colocava em cena.

Nunca entendeu o amor do mineiro, mas quando pedia com sentimento profundo: "-  Não me solta nem me aparta, só me deixe ser parte do teu interior." Compreendia o que era amor de verdade:

- Você já está bem forte dentro de mim. Você está aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
E sem arredar os olhos dele, ela apenas sorria nos detalhes do corpo que ele apontava:
- Você está aqui. Dizia colocando a mão aberta sobre o peito.
- Aqui. Enquanto esfregava os olhos.
- Aqui. Segurando levemente as mãos dela sobre os lábios.
- Aqui. Aquecendo o nariz contra o dela como os esquimós.
- E aqui.

- Onde? Perguntou com a voz suave bem próxima aos ouvidos do mineiro.

- Aí. Respondeu ele.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Me Faz Valer a Vida.

Minha vida será sempre o mesmo livro envelhecido de capa vermelha: Sei que nunca vou entender os personagens que invadem os trechos do meu conjunto de folhas de papel, mas posso virar as páginas e descobrir figuras que me roubam da memória o que foi ruim no enredo.

Algumas são tão claras e modestamente divinas, que te põe na mente crer que anjos sem asas existem, no entanto outras, criam obras impecáveis que as tornam incrivelmente estúpidas e desagradáveis; essas eu tenho o grande desprazer de cruzar em meio ao caminho, mas tenho uma sorte maior ainda que faz com que eu me livre delas rapidamente.

Eu acredito que as pessoas podem guardar a pureza encantadora do primeiro olhar, afinal, todos nascem com essa transparência, e não é tão dificil conservar a nitidez no decorrer da vida. 

Por muito tempo observei todas as pessoas tentando descobrir o que as tornavam tão idiotas, foi estudando você que descobri.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11.11.11

... Ainda é madrugada, meu amor. Vista aquela roupa que te deixa suavemente linda, pois hoje ficaremos em casa esperando que o senhor dos desejos deslize brandamente em silêncio.
Segura teu melhor pedido e dissolve a pior lembrança de tudo que te compõe.
Escuta esse Jazz comigo e guarda minha mão na tua. Vamos atravessar este portal livres de toda e qualquer forma de dor que há neste mundo antiquado para nós.

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Acompanha o alinhamento pequeno cristal...
Escuta o intenso sossego da sua alma se unindo à essa essência divina.
Leve-a.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Não reprima, se cure.

Para ler ouvindo: Frank Sinatra - That's Life. (that's what all the people say...)


"Se limpa de tudo que te causa dor aguda e azeda seu sorriso."

Parei de fechar os ouvidos para o que eu mesma aconselho. To varrendo o apego e não é pra debaixo do tapete, é pra fora de mim, pra fora de casa, pra fora da cidade até que desapareça para sempre. To me adiantando de mim, do tempo que perdi, do que é ruim dentro de mim e isso está de fato me fazendo um bem que não se pode deter.

Parei com as oscilações de sentimentos. Uma hora te amo, uma hora te odeio... Agora é real, to apenas me limpando. Chorei tudo aquilo que não havia chorado quando me faltava tempo. Novo emprego, estudos, família, amigos, finanças, problemas, problemas, problemas... 
Chorei um choro tão ofendido, que chegava a me ofender também. Ofendia meu coração, ofendia minha alma, meu sorriso, minha poesia... Ofendia tudo de mim... Estávamos em mesma sintonia e era notável, falávamos a mesma língua, -razão, razão, razão...- Nós éramos presentes na mesma vontade de despedida. Me esvaziei de tudo aquilo que transbordava em mim: Dor, saudade, agonia, apego, desgaste... Agora to abrindo espaço pra tudo que me faz bem de verdade.

Abri todas as portas da casa, inclusive as janelas. Aquele cheiro de você está saindo e eu quase não me lembro do som que tem na tua voz. É tão bom ver a luz entrar, e eu já nem me lembrava que Maria havia plantado lírios no jardim.
To aprendendo a viver sem alguém que vive bem sem mim, e isso está me fazendo um bem tão ilimitado, que seria pecado moderar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

L'amour de ma vie.


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Iniciei uma conversa muito séria comigo mesma. Nela eu dizia que amores eu terei em pencas, cachos e porções, mas todos não passarão de exemplos e lições pra que eu aprendendo como é me quebrar, me abater com o peso dos outros ou quem sabe me zelar a respeito de tudo o que é falso no mundo.
É interessante conversar na terceira pessoa. É produtivo. Você aprende que amor não é tão amor quando alguém vem impuro até você. Aprende que você sempre irá servir de Band-Aid para cobrir a ferida de alguém e, em seguida, será jogada no lixo, e no lixo vai ficar por muito tempo se negando que sim, você ainda está apaixonada, tolinha.

Mas que mal tem? Você nunca teve o hábito de usar este método, pois o achava um golpe baixíssimo e fora da realidade do seu caráter. Ai quando te apresentaram, achou justo usar, afinal, tudo o que era falso vinha até você querendo te levar para a cama. Foi ai que aprendeu a jogar o jogo da natureza masculina.
Foique eu aprendi, que o amor da minha vida, a história da minha vida, a canção da minha vida seja feita de rabisco ou uma escrita perfeita, não irá aparecer enquanto eu buscar nas pessoas um curativo que me faça recuperar o fôlego.

Garota, entenda de uma vez... O homem da sua vida não será aquele que irá te chamar para jantar e te ouvir durante toda a noite com aquele olhar de quem está interessado em seus problemas, desafetos e carências. Seu possível amor não será aquele garoto que pedirá seu telefone quando você já nem espera nada da cidade, do mundo... Tão pouco será aquele que não pedirá um beijo no primeiro encontro e de um modo impressionante, irá te surpreender com uma ligação no fim do dia seguinte chamando-a para tomar um café na Rua Gurgel, talvez.

Eu aprendi que esses amores ai, esses comuns que você vê em cada esquina, são apenas lições: Vou pegando cada uma e guardando dentro do bolso para colocar na minha armadura contra desilusões.

Todo homem sabe o que uma garota quer. Por isso ele vai deixar que você fale a noite toda sobre seu trabalho, os episódios quevocê achará graça mas que o fará rir também, afinal, ele precisa manter o personagem perfeito para a conquista. Seu cão que morreu, seu trauma de infância, suas alergias, os remédios que já tomou, os distúrbios neurológicos e por ai vai... Vai e você nem percebe que o amor da sua vida, não será aquele homem quete vem com intenções, será aquele que vai aparecer limpo de todas as coisas ou apenas do que é essencial. Seu papel será somente oscilar a mesma frequência, por isso se limpa de tudo que te causa dor aguda e azeda seu sorriso.

O amor da sua vida, a história da sua vida e o fim das suas canções tristes da madrugada, será aquele garoto, que simples, vai te chegar limpo também. Sem curativos. Nada de feridas. Só páginas em branco e muito amor para dividir, somar sem subtrair...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Emoções. II

Escuta... Eu confiei minha vida à você. Confiei meus segredos, meus amores, minhas falhas, minha maior saudade... Te confiei minha canção! Aquela que dizia por mim quando o vento ia levando tudo embora, se lembra? A que desenhava sem borracha minhas faltas, meu desespero, minha paisagem... Te confiei a estrela Alpha da minha constelação. Te confiei tão cega meu coração, e olha o que fez: Quebrou.
Parei de ouvir meu coração, para escutar o seu. Te doei o centro da minha consciência e o resgatei, agora só empresto. Tu me limpou de tudo que era bom dentro de mim. Nada me interessa. Tudo me suga, me seca, me empresta, não me devolve.
Te dei um coração tão em paz, e eu teria ganho mais se tivesse trocado por balas 7 belo.

Emoções.

Só quem já visitou uma galáxia, reconhece o conforto que é se deitar em pétalas de algodão.
Só quem já foi estrela, sabe o que é confundir as cores quando se tem tantas passeando entre os dedos.
Isto foi um sonho. Um sonho de verdade e que de uma forma nada convencional, me disse que eu estava prestes a morrer. Disse de um modo tão belo, tão incrivelmente imaginário, que até hoje posso sentir o gosto metálico das cores que minha supernova desenhou.

Eu fui sonho, fui real, fui prazer. Fui um tempo e, nesse tempo, era bom sentir prazeres.
Confiei minha vida a outra vida. Confiei meus segredos até o mais íntimo deles. Confiei meus amores, minhas faltas, minhas falhas, meu egoísmo, euforia, atenção, apreensão, atração... Confiei minha fé e o que ficou foi isso ai... Essa ausência.
De todos os sentimentos que um dia foram meus, até a decepção se foi. Desencanto, luto... Também os piores sentimentos afastaram-se e estes sim, disseram adeus com deboche quando eu já quase implorava para que ficassem, pois eram só o que me preenchiam: Cólera, horror, culpa, desamparo, derrota...

Sei que não me servia das emoções na maior -ou menor- parte do tempo, mas elas existiam e estavam aqui. Me bastava. E se eram minhas, que ainda sejam, oras. Que fiquem aqui, mesmo que esquecidas, abandonadas ou contidas em qualquer parte de mim, mas que fiquem, afinal, são minhas sensações. Posso precisar de uma flexibilidade. Um espanto. Um Perdão. Uma fragmentação. Uma carência, talvez... Ninguém joga aquela camiseta velha fora pois sabe que pode precisar um dia. Um dia, quem sabe?
Não pense que seja sentimento de posse. Se fosse, me faria feliz, pois ainda haveria algum sentimento perdido aqui na tal das entrelinhas. Tudo isso é só para dizer que essas emoções perdidas por aí são minhas e se caso esteja com elas, por favor, devolva da mesma forma que as encontrou.

Sei que hoje não sinto nada.
Isso é um fato e sei também, que ninguém aqui pode entender essa escrita tão cheia de emoções perdidas. É sempre assim: Nada fica incontestavelmente claro quando se envolve sentimentos (principalmente os alheios). Tudo fica confuso pois não há como colocar em sentença coisas de um íntimo que só a gente sente (no meu caso, só entende). Fica tudo naquele espaço mental, como se chama mesmo? Ah! Entrelinhas.

Talvez seja necessário deixar assim. Apático. Sem nada. Ausente. Mas eu gostaria que voltassem. Não por nada. Que apenas voltassem só para ficar aqui em mim. Todos eles. Só para ter, entende?
Gostaria que voltassem, pois sinto saudade.
Sinto...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Com Perfeição.

Para ler ouvindo: Foo Fighters - Times Like These

...Digo isto, pois ela sempre soube ser aquilo que não se vê. Todo o tempo. O futuro, o passado, o presente... Nesta mesma ordem. Sempre fez muito bem. Com perfeição.
Sempre soube sorrir com uma intensidade incabível e, quando falava das estrelas, não imaginava o preço que havia em tal coisa. O valor que havia nas palavras. O tempo que era exato nas pessoas. O valor...

Era de verdade. Tocar suas palavras se tornava algo real e, quando ela dizia: "Estrelas..." Com uma voz suave, um olhar frágil, onde suas palavras tinham gosto e forma de chuva fina, seus personagens podiam mesmo tocá-las através de sua fala.
E todos os sentimentos que ela escondia, nas estrelas...